Projeto "Crescer com Ciência"

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  A CIÊNCIA NO NOSSO DIA A DIA







INVESTIGAR = GOSTO PELA APRENDIZAGEM

BRINCAR COM COISAS SÉRIAS…

A formação de cidadãos capazes de exercer uma cidadania ativa e responsável é uma das finalidades da educação em ciências, que funciona como impulsionadora da formação de cidadãos capazes de lidar, de forma eficaz, com os desafios e as necessidades da sociedade atual.

 Estudos realizados, sobretudo nas últimas duas décadas, têm permitido sistematizar os processos de aprendizagem de ciências de crianças pequenas e reforçar a sua necessidade desde cedo, de preferência de forma intencional, já em idade pré-escolar (Harlen, 2006; deBóo, 2000), assumindo-se a educação em ciências como promotora da literacia científica.

As crianças constroem explicações a partir de variadas experiências familiares e escolares. Os adultos dos seus contextos próximos (família e escola) deverão proporcionar-lhes situações diversificadas de aprendizagem, para exploração de questões e fenómenos que lhes são próximos, aumentando a sua compreensão do real.

Sendo a sociedade atual eminentemente científica e tecnológica, desde cedo, as crianças contactam, de forma mais ou menos direta, com diversos equipamentos/brinquedos, que são o reflexo dos avanços e da divulgação da tecnologia.
Os carros comandados, as playstations, os tamagotchis, o computador e os telemóveis, envolvem tecnologias que as crianças manipulam com alguma facilidade, dominando igualmente a linguagem que lhes está associada. Através da sua interação com os objetos, a criança aprende que “se fizer isto acontece aquilo” e, portanto, “para acontecer aquilo tem de se fazer assim”. Inicialmente, através do seu brincar e, posteriormente, de forma mais sistematizada quando acompanhada pelo adulto, a criança vai estruturando a sua curiosidade e o desejo de saber mais sobre o mundo que a rodeia. Para melhor compreensão e domínio, as crianças devem ser estimuladas a desenvolver a literacia científica através de pequenas investigações, as quais se pretendem progressivamente mais complexas.

No enquadramento das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (ME/DEB, 1997) no âmbito da “Área de Conhecimento do Mundo” as crianças da Educação Pré-escolar pública, que frequentam este Agrupamento de Escolas têm ao seu dispor a oportunidade de realizar experiências, no âmbito do projeto “Crescer com Ciência” como uma via de sensibilização às ciências.
O mesmo projeto inclui experiências relacionadas com diferentes domínios do conhecimento humano, estimulando o desenvolvimento de competências do âmbito da literacia científica, como a seguir se evidencia.

BEBIDA ARCO-ÍRIS


           Com o objetivo de surpreender as crianças naquele que é o seu dia -1 de junho,     preparamos uma experiência que nos permitisse aumentar o gosto pela aprendizagem,  aliando o prazer ao conhecimento. 
Foi  realizada com as crianças de 5 anos do estabelecimento de Valpaços.

Após terem sido apresentados os recursos necessários à realização da experiência, as crianças começaram por medir igual quantidade de água nos diferentes medidores.


De seguida, a água foi colorida com uma cor diferente em cada recipiente, através de gelatinas de diferentes sabores.



      Uma vez preparada a 1ª fase da experiência, aproveitou-se a oportunidade para per-                   guntar qual dos recipientes tinha maior quantidade de liquido, uma vez que apresentavam                    diferentes níveis, de acordo com os vários tipos de recipientes. 


Foi depois adicionado açúcar em quatro dos cinco recipientes.
No recipiente com a cor verde adicionou-se uma colher de açucar, no seguinte duas colheres, no seguinte 3 colheres e no ultimo quatro colheres de açucar.










Cada criança meteu no respetivo copo uma determinada medida do liquido ao qual se juntou a maior quantidade de açúcar.
De seguida foi-lhes demonstrado o modo como meter no copo os  líquidos das restantes cores, evitando que se misturassem, entre eles.


Através de conta-gotas, num trabalho bastante minucioso, foi possível sobrepor os líquidos de diferentes cores sem se misturarem, pelo menos completamente, acrescentando cada cor no sentido do recipiente que tinha mais açúcar até aquele que não tinham nenhum.
O resultado permitiu às crianças grande satisfação, quer pela conquista, quer pelo efeito colorido e diferente.

No final, o lanche teve outro sabor ou melhor, outros sabores!
Foi acompanhado do sumo multicolorido, preparado pelas próprias crianças.

Foi assim, apesar das crianças não dominarem o conceito de densidade, que chegaram à conclusão que o açúcar  não deixava as cores misturarem-se.

junho 2019


DISCO DE NEWTON

Também as crianças de 4 anos do J.I. de Valpaços tiveram direito a uma experiência divertida, no âmbito da comemoração do seu dia.
Deu-se inicio à experiência, através da observação da vertente cromática de Cds.



As crianças fizeram as observações que lhes pareceram melhor descreverem o objeto.
Algumas  compararam-no com o arco íris. 
Surgiu então a questão - Onde se esconde o arco-íris, quando não o vemos? 

Sugeriu-se que cada criança colorisse um círculo branco, de papel, do tamanho do Cd, com as cores do arco-íris.

No final, cada criança colou o círculo colorido no Cd, previamente preparado com 2 furos.







Prosseguiu-se enfiando um fio nos 2 orifícios do Cd. 
É gratificante constatar a total concentração demonstrada por todos os participantes!

Os adultos ataram as duas extremidades do fio e as crianças manifestavam curiosidade por              perceber a razão daquele trabalho e a relação com a questão colocada (invisibilidade do arco-íris).

Demonstrou-se, depois, o propósito do trabalho rodando energicamente o Cd, em torno de si próprio e esticando energicamente o fio.
As crianças divertiram-se, na tentativa de rodar o cd. Algumas competências motoras foram exercitadas.

Após algum tempo dedicado à diversão, voltamos a sentar para tentar encontrar a resposta para a questão colocada anteriormente.
Foi possível observar que, rodando, muito rapidamente, o disco, apenas se vê "branco".
Explicou-se que as cores se misturam dando origem (tornando visível) ao branco.
Transferiu-se o resultado obtido no cd para o caso arco-íris, às vezes, visível no horizonte  mas que também desaparece, observando-se apenas a luz.  
Mesmo não sendo o objetivo principal de cariz académico, foi explicado às crianças que o                senhor Isaac Newton descobriu,  a partir de um disco idêntico ao que construíram, ao qual       atribuiu o seu nome - Disco de Newton - que a cor branca deriva da mistura de várias cores, na presença de luz.

junho 2019


CORRIDA DE BALÕES

Para os mais pequenos a comemoração do Dia Mundial da Criança, na sala das Ciências, fez-se através de balões ... Quem não gosta !!!


Na apresentação dos materiais necessários para a realização da experiência, foi proposto às     crianças a identificação do vinagre através do sentido do olfacto.

Seguiu-se a utilização das provetas para medir a quantidade de vinagre necessária e metê-lo na garrafa.





Com a ajuda do funil,  introduziu-se bicarbonato de sódio nos balões.


De seguida meteu-se o balão na garrafa e levantou-se para que o bicarbonato entrasse na mesma.

A reação dos produtos misturados foi imediata, provocando grande euforia nas crianças.


Houve mesmo quem esquecesse o seu próprio material perante o resultado inesperado!

A motricidade foi também estimulada...note-se a precisão com que esta criança de 3 anos segura o balão, no gargalo da garrafa.

Uma vez cheios, estavam os balões, prontos para a fase seguinte...



Eletricidade estática

Restava agora aproveitar, da melhor forma, um bom momento de brincadeira e, se possível, proveitoso...


Foi sugerido às crianças que esfregassem os balões no cabelo e se observassem umas às outras. Foi divertido ver tudo, literalmente, de "cabelos em pé!


    Mas, sendo outro o propósito, foram distribuídos, nas mesas, pequenos recortes de diferentes formas e cores, para maior atratividade. 


Foi divertido, para as crianças, atrair os pedaços de papel e segurá-los, presos nos balões, contrariando a força da gravidade.
 SIM, falou-se da gravidade.



Para facilitar a compreensão da referida "força", foi proposta a apanha das bolas de sabão, e que diversão ...
A zona do balão com eletricidade atraiu as bolas de sabão. Afastando ligeiramente o balão, conseguiu-se definir um percurso para a bola, numa determinada direção.



Para estimular o questionamento, foi feita a demonstração da atração do fio de água, a cair da torneira.
De surpresa em surpresa, já estávamos atrasados para a Educação física!
Continuem estas brincadeiras na vossa sala e perguntem porque é que os balões se comportam desta maneira, sugeri. 
A excitação do momento já não permitiu explicar a verdadeira razão mas estou certa de que a explicação terá ocorrido com as docentes titulares das turmas em que realizamos estas divertidas mas enigmáticas experiências.

junho/2019


CANDEEIRO DE LAVA


   Na sequência da erupção dos vulcões, anterior experiência realizada com as crianças       dos estabelecimentos de Argeriz, Lebução e Veiga de Lila, cumpre-se o prometido de visualizar-se a subida da lava, uma vez que o cone do vulcão não o permitia, por não ser transparente. Era esse o desejo de algumas crianças mais questionadoras!

Através de material de laboratório (provetas), já conhecido das crianças, as próprias  meteram uma determinada quantidade de água nas garrafas de plástico.

De seguida meteram maior quantidade de óleo alimentar e agitaram, na tentativa de misturar as duas substancias. 
Refletiu-se sobre a solubilidade/insolubilidade e acrescentou-se corante alimentar.

       Cada criança escolheu a sua cor e misturou de novo, agora com três ingredientes. 
Foi possível observar que a água absorveu bastante mais quantidade de corante do                      que  o óleo e que este se manteve separado da água.

Na ultima fase da preparação da experiência, cada criança introduziu, na garrafa, meia aspirina e todas se divertiram imenso com o resultado, apresentado a seguir:




MAIO/2019


GERMINAÇÃO - BONECO ECOLÓGICO


As sementeiras desta primavera constituíram momentos de acrescido prazer! 
Para além da originalidade do vaso (meia), também o solo foi substituído por material reutilizável (serrim). 
A psicomotricidade foi, particularmente exercitada, enquanto as crianças arranjavam a meia para que se mantivesse aberta, com a ajuda de um copo.







Uma vez aberta, cada criança despejou, no seu interior, uma colher de sopa, bem cheia, de sementes de alpista.

                                                       


Encheram depois a meia com serrim.



Uma vez cheia, foi retirada do copo e moldado em forma esférica, com um nariz.




Cada criança mergulhou a sua "bola" em água até que o serrim ficasse encharcado.
Levaram o respetivo trabalho para a sala de atividades para, em cada dia registarem, em ficha própria, as alterações observadas.






Foi muito gratificante assistir ao entusiasmo das crianças, à medida que as sementes germinavam e cresciam.










Houve mesmo a sugestão de se cortar o cabelo!






Uma sugestão muito apropriada, à qual se atribuiu a importância merecida.





Outras crianças preferiram manter um aspeto mais divertido às suas mascotes!



Faltava mesmo, completar o visual, dotando-os de olhos e um simpático sorriso!



Foi um trabalho que permitiu uma vasta articulação de conteúdos, desde os de cariz sócio-afetivo aos relacionados com a motricidade, a área da biologia, da matemática, do desenho, etc.

MAIO/2019


Explosão de vulcão


A experiência que se apresenta decorre do interesse manifestado pelo grupo de crianças de Argeriz mas que as crianças de Lebução e Veiga de Lila também aproveitaram, da melhor forma.






















Após a visualização de um vulcão real, em erupção, através do videoprojetor, cada criança construiu o seu próprio cone de vulcão em pasta de modelagem.






 

Durante alguns dias ficaram
em fase de secagem.





Logo que foi possível, foi minorada a ansiedade manifestada pelas crianças e satisfeita a curiosidade de conhecer mais sobre vulcões.


Cada criança meteu vinagre no cone do respetivo vulcão.



Seguiu-se o corante vermelho, para maior semelhança com a realidade.

Acrescentou-se, ainda, detergente da loiça, para maior impacto...

... E, finalmente, o bicarbonato de sódio.
A "explosão" foi imediata.
Os sorrisos estampados nos rostos das crianças não deixam margem para dúvidas!         



A satisfação por terem conseguido aquilo que ansiosamente aguardavam permitiu outra explosão - alegria e elevação da auto estima.


Toda a animação aumentou ainda quando foram informados de que poderiam levar para as respetivas "escolas" os cones que haviam, empenhadamente, construído.
 Seria então possível repetirem a experiência, para melhor compreensão do fenómeno observado.

MAIO/2019



MUDAR A COR DAS FLORES NATURAIS

Com o aproximar da comemoração do Dia da Mãe adensa-se a preocupação de preparar algo acessível às crianças sem menosprezar a qualidade merecida por qualquer mãe.


Uma vez ouvidas as propostas das crianças, destacou-se a prenda - flor                  Necessariamente, colocou-se a questão - como fazer?

A articulação do projeto com as turmas afigurava-se como uma boa oportunidade para tornar o momento ainda mais desafiador.
Para valorização da natureza e aproveitamento dos recursos da época propôs-se a pintura das flores de giesta que, apesar da sua beleza, poderiam constituir a base de novas descobertas.

                                                  Após a recolha das flores misturou-se corante na água.


Importava agora definir como proceder à pintura.
Surgem as hipóteses:
- Pintar com pincel;
- Meter as pétalas na água com corante;
- Meter o caule das flores na água com corante (participação do adulto).
Uma vez testada a 1ª hipótese, concluiu-se que o pincel partia as flores, dada a fragilidade das mesmas.
Cada criança opinou sobre as duas hipóteses restantes e meteu as flores na pintura, de acordo com a sua convicção.
Regista-se o momento de hesitação/reflexão de algumas crianças entre optar por uma ou outra modalidade de pintura. 
Cumpria-se, assim o principal objetivo da experiência - tornar a criança o principal ator do seu próprio crescimento cognitivo.


No dia seguinte, observaram-se os resultados!


O vaso que tinha as flores colocadas com o caule dentro da pintura apresentavam alteração de cor, validando a respetiva hipótese.

As flores que tiveram as pétalas submersas na pintura mantinham a cor branca, salvo algumas gotas de tinta que ainda não haviam escorrido.


Cada criança pode oferecer o fruto do seu trabalho, para satisfação própria e da própria mãe.

PARABÉNS A TODAS AS MÃES!

MAIO/2019

Ovos Saltitantes

É primavera, tempo de renovação e de "ovos"de todas as cores.





Apresentam-se os materiais necessários à realização da experiência.


Observa-se o efeito do vinagre em contacto com os ovos









As crianças avançam algumas hipóteses daquilo que poderá acontecer aos ovos, dentro do vinagre.







Comparam-se ovos que não estiveram no vinagre com aqueles que aí permaneceram algum tempo.


Para além do aspeto de borracha que o ovo adquiriu,
mostram-se as alterações que ocorreram dentro do ovo.

Estimulada a curiosidade,  interessa também incentivar o aproveitamento dos recursos.
Os ovos foram reaproveitados para decoração.



Recorreu-se a diferentes técnicas de pintura, como a seguir se ilustra.



















                           ABRIL/2019




Brincar com a luz

Com o aproximar do carnaval torna-se indispensável preparar os mais pequenitos para a superação dos medos. As encantadoras/assustadoras histórias de bruxas povoam, muitas "caixinhas" de emoções dos mais sensíveis.

Encarnar as míticas personagens funciona, em muitos casos, como uma boa medida terapêutica.  Foi esta a estratégia adotada com a turma três anos da E.B.1 de Valpaços.

 Após a familiarização com a indumentária, a criança tentou surpreender os seus pares, aparecendo num ambiente pouco luminoso para a assistência. Apenas permanecia na abrangência luminosa a personagem misteriosa que, originou alguma ansiedade, naqueles que não tinham assistido ao momento da entrada da criança no biombo e por isso não conseguiam reconhecer a silhueta.

Uma vez feita a experiência pelos que aceitaram entrar no biombo iluminado por um foco, 
quisemos explorar alguns efeitos da luz/ausência da luz.
Através da iluminação de um videoprojetor foi proporcionada às crianças a possibilidade de                brincar/explorar os efeitos da luz, na sua própria sombra.


Tratando-se de um espaço mais amplo, as crianças sentiram confiança em si próprias para experimentar o protagonismo de importantes personagens, cujos adereços aceitaram também.

A "brincadeira" (experiência) desencadeou a perceção das diferenças de tamanhos, originada pelo afastamento/aproximação do painel luminoso.




Foi assim que, através da ciência, os medos do escuro "ganharam alguma cor", a partir do momento em que as próprias crianças se predispuseram para se assustarem umas às outras e perceberam que as sombras (Medos) não têm qualquer efeito maléfico mas que correspondem apenas à não passagem de luz.



FEV. 2019


   VAMOS MEDIR ONDE ESTÁ MAIS FRIO OU MAIS QUENTE


As conversas diárias em grupo,  constituem, frequentemente, ótimos momentos de planificação. A motivação intrínseca resulta sempre em trabalho profícuo.
As fotos da experiência seguinte evidenciam claramente o empenhamento e a vontade de conhecer manifestada pelo grupo de crianças que a realizaram (4 anos).
Na sequência de uma conversa, que poderia ser de circunstância, sobre os dias frios de                        inverno , colocou-se a seguinte questão: Como sabemos onde está mais frio ou mais quente?
Das várias tentativas de resposta, apresentadas pelas crianças, surgiu a oportunidade de                        conhecer o instrumento de medição da temperatura. O docente (mediador) disponibilizou e                  apresentou o termómetro, numa versão adequada às caraterísticas do grupo.

A vontade de explorar o instrumento de modo a compreender o seu funcionamento foi                          imediata e contagiou todo o grupo.
Para facilitar a compreensão do fenómeno de registo da temperatura, construímos um                          termómetro caseiro.
Devido às caraterísticas dos materiais usados, o processo foi demonstrado pelo adulto.
O álcool foi colorido através da carga de um marcador de modo a assemelhar-se ao                               mercúrio do termómetro.
Prosseguiu-se com a confirmação de que temos água quente onde será introduzido o                            termómetro....
Foi o delírio total quando se pode verificar o álcool aquecido, através da água quente, a                        subir na palha introduzida na garrafa com o álcool.
Uma vez retirada a garrafa da água quente (arrefecido o álcool),  foi possível observar a                      descida do álcool, na palha do interior da garrafa.

Testou-se o mesmo processo com o álcool arrefecido através de uma bolsa de gelo, que                         provocou o efeito inverso, a descida do álcool.

Posteriormente, foi distribuído um termómetro a cada criança, proporcionando-lhes  a                          oportunidade de explorarem o seu próprio termómetro.
Cada criança escolheu se preferia observar o mercúrio a subir ou descer, expondo os                            termómetros  ao sol ou na sombra, respetivamente.
Que gratificação, observar a evidente e inquestionável concentração e o envolvimento das                     crianças na análise dos resultados da experiência que realizavam.

  Não restavam dúvidas ... a marca que cada criança havia feito no respetivo termómetro,                        para assinalar, na fase inicial,  onde estava o final do mercúrio, já não correspondia.
"O mercúrio do meu termómetro desceu com o frio" transmitiram as crianças, eufóricas.

 E quem colocou os termómetros ao sol?
Podem mostrar os vossos resultados?

"O mercúrio do meu subiu muito";
"O meu subiu um bocadinho".
Respondiam algumas crianças.


Porque razão não terão subido todos ao mesmo nível - questionou-se!
Inquestionável a promoção da capacidade de raciocínio e reflexão.

E antes de terminarmos...

Quem descobre onde é que eu coloquei o termómetro grande que vos apresentei quando                       começamos, na sombra ou no sol? Porquê?
Cada um pensa para si e depois de todos observarem e pensarem partilhamos as respostas e                   verificamos quais são as corretas.


Que prazer trabalhar os conteúdos sem a preocupação da         sequência programática definida por agentes externos. 
A transversalidade flui e o crescimento acontece! 

JAN/2019


SLIME



           Após a quadra natalícia as crianças partilharam entre elas as prendas recebidas.
         Algumas mostraram, com satisfação, o slime que lhes permitia criar livremente, e                         enquanto potenciava o desenvolvimento da psicomotricidade.
Face ao interesse manifestado foi proposto, apesar de não estar previsto no projeto de      Ciências, a realização de uma experiência em que uma reação química permite obter o               desejado slime.
.


Porque a Ciência também pode contribuir para a promoção da igualdade de oportunidades, as batas das crianças foram substituídas por batas brancas e seguiu-se em direção à sala das Ciências Experimentais.
O recurso aos materiais específicos como copos medidores e varetas permitiu 
completar um ambiente que fez as crianças sentirem-se verdadeiros "cientistas".




Começaram por medir as quantidades necessárias de água e cola.
De seguida misturaram com a  ajuda de  uma vareta.








Após adicionar corante alimentar para maior atratividade e perceção da solubilidade deste juntou-se borato de sódio que transformou o estado liquido da mistura, no estado sólido.







As crianças mais novas (3 anos) puderam também realizar a experiência que, no final, fez as delicias de todos, tendo sido usado o slime ao longo do resto do ano letivo.











JAN 2019



RASPADINHA


Pelo Natal, as turmas de 4 e 5 anos do J.I. da E.B. 1 de Valpaços receberam um postal diferente do habitual:
A  imagem visível escondia uma mensagem...
Com a ajuda de uma moeda, as crianças esforçavam-se por responder à sua curiosidade, descobrindo algo mais para além de um simples pinheiro verde.

 
 Raspando a tinta com a ajuda da moeda, a mensagem vai emergindo...



 A questão inevitável surgiu - Como fizeste esse postal?


Face ao interesse manifestado, decidiu-se fazer o postal da família com a mesma            técnica, iniciativa acolhida pelas docentes titulares da turma.


Foram preparadas algumas tintas (várias cores) às quais se adicionou detergente da loiça.


Ficamos muito entusiasmados com a possibilidade de fazer uma grande surpresa, em casa, com o postal de Natal.



Tapamos o nosso trabalho do postal para fazer a surpresa.
Quem raspará, o pai, a mãe?
Vão certamente surpreender-se!

A articulação entre os diversos intervenientes educativos (docentes titulares, projetos e família) assume-se como uma mais valia muito relevante no processo de ensino/aprendizagem.

Dez 2018

FORMAÇÃO DAS CORES SECUNDÁRIAS


A turma J.I 5 da EB1 de Valpaços teve oportunidade de compreender a formação de cores secundárias com base numa experiência que realizou na sala das Ciências Experimentais daquele estabelecimento.


As crianças começaram por contar 7 copos que distribuíram e organizaram em diferentes sentidos (horizontal, vertical e diagonal), dentro de um  tabuleiro. Concluíram ser o último o sentido mais adequado para a quantidade de copos em causa.
Colocaram depois água, alternadamente, nos copos.


De seguida colocaram corante alimentar vermelho nos dois copos dos extremos da linha diagonal, construída com os mesmos.




Prosseguiram adicionando nos restantes copos com água o corante azul e amarelo em cada um, separadamente.

Todos os copos foram depois ligados através de guardanapos, previamente dobrados, pelas crianças.
Chegou o momento de levantar a questão - O que acontecerá na experiência, a partir desta disposição?
Mais uma vez, cada criança apresentou a hipótese que lhe pareceu responder à questão.


No período da tarde foi possível observar as alterações ocorridas na experiências. Começavam a surgir indícios daquilo que poderia acontecer.

Novas questões foram colocadas pelas crianças e outras hipóteses consideradas possíveis.

     Numa segunda observação da experiência (mais tarde) foi visível o efeito surpresa nos rostos das crianças.
Afinal os copos que haviam ficado vazios já tinham  também liquido de outras cores.
Foi analisado o resultado final da experiência e verificadas as hipóteses verdadeiras.

Em contexto de turma (sala de atividades) as crianças procederam ao registo das conclusões obtidas com a experiência. 


Mais uma vez a experiência permitiu explorar as  diferentes áreas curriculares em perfeita articulação entre elas bem como a complementaridade pedagógica entre o projeto Crescer com Ciência e as atividades em curso, no âmbito do projeto da turma.

Nov. 2019



À DESCOBERTA DAS CORES

As crianças de três anos da Escola Básica nº 1 de Valpaços tiveram a oportunidade de explorar noções cromáticas através do manuseamento de recursos presentes no seu quotidiano.

Na sala das ciências foi-lhes proporcionado mais um momento de aprendizagem enquanto se deliciavam com os coloridos smarties.
Inicialmente foi-lhes proposto a construção de um circulo, de modo a circundar um prato.

Uma vez construído o circulo, um adulto juntou, muito devagar, um pouquinho de água!

Ficamos todos a observar, muito atentos, para ver o que aconteceria!

A água fez soltar as cores dos smarties, juntando-se várias cores, que deram origem a novas tonalidades. Parecia um "Arco-iris".


Quando se juntou mais água, as cores misturaram-se todas.

EXPLOSÃO DE CORES

Brincamos também com as cores, dentro de um prato com leite.

Desta vez, colocamos uma gota de corante alimentar, da nossa cor preferida, num prato com leite.

De seguida, cada criança molhou um cotonete em detergente da loiça e mergulhou-o no corante. 

Foi muito divertido!!! Provocou uma explosão...




Todos quisemos fazer "explosões" misturando diferentes  cores, para ver o resultado final.
Que divertido foi conhecer diferentes cores!
Nov. 2018

DESCODIFICANDO O MEIO CIRCUNDANTE



É OUTONO!

A natureza encarrega-se de relembrar que continua a ser o "maior livro", sempre aberto...

Aproveitar e estimular a curiosidade natural das crianças constitui uma das prioridades pedagógicas da Educação Pré-escolar.

Com esse propósito, foram usadas como recurso de investigação as folhas recolhidas pelas crianças, numa das visitas ao exterior, para observação da natureza.



Foi colocada a seguinte questão: Porque mudam de cor as folhas, no outono?

Depois de ouvidas as hipóteses de respostas de cada criança da turma 5 anos de Valpaços deu-se início a uma pequena mas importante investigação, para verificação da verdadeira resposta.




Todas as crianças se empenharam para descobrir a resposta, de modo a satisfazer a sua própria vontade de saber:
Começaram por transferir a cor verde das folhas, uma vez que é essa a sua cor inicial, para um pedaço de papel filtro branco. Para o conseguir pressionaram as folhas no referido papel, através do pilão de almofariz.


     
O esforço resultou ... Temos cor verde, das folhas, no papel filtro branco.


Um adulto preparou uma tina com bastante álcool. Estávamos todos muito curiosos e atentos.


Mergulhou-se depois, dentro da tinta com álcool, o papel filtro pintado de verde, com as próprias folhas.


Todos quisemos observar o que ia acontecendo





Passados poucos minutos...















 Retiramos o papel filtro do álcool e verificamos que a cor verde tinha desaparecido e o papel branco estava agora pintado de cor castanha.


Ficamos perante uma nova "duvida"!

Como é que o álcool mudou a cor verde para castanha?

Concluímos que a cor verde que saiu do papel filtro ficou misturada no álcool, dentro da tina, porque ele ficou verde.
Pensando, conseguimos perceber que talvez a folha verde tenha também a cor castanha escondida por baixo da cor verde.
O adulto explicou que a folha precisa da luz do sol para ter cor verde. Como no outono o sol aparece menos dias e estes são mais curtos, as folhas recebem menos sol e portanto deixam de ter cor verde e mostram as outras cores (castanha, amarela, laranja, vermelha) que já têm mas que estavam tapadas pela cor verde.

 

Assim se mediou a aquisição de conhecimento/saber através do MÉTODO CIENTÍFICO, sendo todas as crianças envolvidas ativamente nas diferentes fases:
  •  OBSERVAÇÃO

  •  formulação de QUESTÃO/DÚVIDAS

  • HIPÓTESES 

  • EXPERIÊNCIA

  •  CONCLUSÃO.

 Nov. 2018



CONHECEMOS AS REGRAS ESPECÍFICAS 
DA SALA DAS CIÊNCIAS

1ª Experiência




VAMOS INVESTIGAR PARA DESCOBRIR  
SE REALMENTE ESTÃO LIMPAS



DEPOIS LAVAMOS MUITO BEM AS MÃOS… PARA PROSSEGUIRMOS COM A EXPERIÊNCIA…










RELEMBRAMOS A 1ª FASE DA EXPERIÊNCIA



Percebemos que as cores que aparecem na gelatina estão no lado em que passamos o dedo indicador antes de lavarmos as mãos, na sala de ciências.





Quando vi melhor, no microscópio, concluí que afinal, as minhas mãos tinham deixado “coisas estranhas” apesar de parecerem limpas!


CONCLUSÃO

A experiência permitiu a autoconstrução do conhecimento.
As crianças compreenderam as fases da experiência e a necessidade de lavar bem as mãos.

Outubro 2018

Escola Básica Nº 1  de Valpaços - Educação-Pré-Escolar




2 comentários:

  1. Aprendizagens ativas e significativas para as crianças. Nestas, eles estão envolvidos pela curiosidade . Entusiasmam-se , questionam, mobilizam conhecimento. Parabéns à promotora do Projeto !!!

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  2. Obrigada!
    Felizmente, neste Agrupamento ,são frequentes situações similares. Falta tempo para as divulgar...

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